Worship in the Throne Room/pt
From Gospel Translations
Preletor na Conferência Fiel, Brasil - 2007
Jesus Cristo, nosso Senhor, disse: “Os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores” (Jo 4.23). Um dos fatos mais admiráveis a respeito de Deus é que Ele está procurando pessoas para adorarem seu Filho, Jesus Cristo.
Se você já se tornou um crente, um dos propósitos primários de sua salvação é que você adore com alegria o Filho de Deus. Na vida cristã, não existe nada mais importante do que isso. Mas, infelizmente, encontramos poucos crentes que entendem a natureza espiritual da adoração e que praticam essa adoração. Nesta altura, devemos perguntar a nós mesmos: existe um verdadeiro espírito de adoração em nossa igreja e em nosso coração?
Apresença de Cristo
Para entendermos a adoração bíblica e compreendermos exatamente o que Deus, o Pai, está buscando de nós, precisamos examinar a adoração em seu nível mais puro. Quando consideramos as Escrituras, encontramos muitos exemplos de pessoas que adoraram a Deus. No entanto, a figura mais sublime e evidente é a que João retrata no livro de Apocalipse.
A. W. Tozer escreveu: “Hoje existem milhões de pessoas que mantêm opiniões corretas, talvez mais do que antes na história da igreja. Contudo, pergunto-me se já houve um tempo quando a verdadeira adoração espiritual esteve em nível tão baixo. Para grandes alas da igreja, a adoração se perdeu completamente, e seu lugar foi ocupado por aquela coisa estranha chamada ‘programa’. Esta palavra foi emprestada do teatro e aplicada com péssima sabedoria ao tipo de adoração pública que agora passa por adoração entre nós”.
A adoração bíblica e espiritual é o anelo da alma para ver a glória e a beleza de Jesus Cristo. Quando os adoradores vêem a Cristo, têm o gozo de experimentar a presença dEle.
A adoração está em seu ápice quando nossa alma se perde em admiração da glória e majestade de Deus. Muito do que passa hoje por adoração não produz isso. Os cultos vazios e superficiais que caracterizam a geração atual não produzem nem adoradores verdadeiros nem grandes homens de Deus.
Entendendo A Adoração Bίblica
Para entendermos a adoração bíblica e compreendermos exatamente o que Deus, o Pai, está buscando de nós, precisamos examinar a adoração em seu nível mais puro. Quando consideramos as Escrituras, encontramos muitos exemplos de pessoas que adoraram a Deus. No entanto, a figura mais sublime e evidente é a que João retrata no livro de Apocalipse.
Nos capítulos 4 e 5, o Senhor abre a cortina e nos permite vislumbrar o que eu chamo de “adoração na sala do trono”. Nestes dois capítulos, vemos realmente um culto de adoração realizando-se no céu, na sala do trono de Deus. Se temos de adorar a Deus biblicamente, devemos estar certos de que nossa adoração na terra reflete o exemplo e a direção da adoração celestial.
Há muitas lições nestes capítulos, mas neste artigo podemos considerar apenas a primeira dessas lições, ou seja, a adoração espiritual está centralizada em Deus.
Adoração Centralizada em Deus
Quando João vislumbra o culto de adoração no céu, ele diz: “Imediatamente, eu me achei em espírito, e eis armado no céu um trono, e, no trono, alguém sentado” (Ap 4.2).
Bem no início, observamos que Deus está no centro da adoração espiritual. Nosso foco e atenção são direcionados imediatamente para Ele. A adoração centralizada em Deus significa apenas que a glória, a honra, a majestade e a vontade de Deus são a prioridade em nossos pensamentos e desejos.
Em nossos dias, a adoração está muito freqüentemente centralizada no homem e não em Deus. Todavia, meu desejo e oração é que a igreja de Cristo descubra novamente a verdadeira adoração — que a igreja redescubra e volte-se à adoração bíblica na sala do trono.
A. W. Tozer escreveu: “A história da humanidade provavelmente mostrará que nenhuma pessoa jamais foi maior do que sua religião; e a história espiritual do homem demonstrará positivamente que nenhuma religião tem sido maior do que a sua idéia a respeito de Deus. A adoração é pura ou ignominiosa à medida que o adorador nutre pensamentos sublimes ou medíocres a respeito de Deus.
Por esta razão, o assunto mais solene diante da igreja é sempre Deus mesmo, e o fato mais portentoso sobre o homem não é o que ele... pode dizer ou fazer, e sim o que ele, no âmago de sua alma, percebe sobre a natureza de Deus.”