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Porque é que Deus nos diz que ele se deleita com as suas crianças <br>A pergunta não é se Deus se deleita com as suas crianças. Ele deleita-se. A pergunta é em duplicado: Uma, o que é que existe em nós para ele se deleitar connosco? E duas, porque é que ele nos diz que ele se deleita connosco? Qual é o efeito que ele quer que isso tenha? (Quando eu digo “ Deus,” eu quero dizer tudo o que Deus é para nós em Cristo. Eu quero a Santíssima Trindade, o Deus Cristão.) <br>Primeiro, tome nota de alguns dos textos que falam sobre o deleite de Deus no seu povo e o seu louvor neles. <br>• Sofonias 3:17, “ O Senhor teu Deus, está no meio de ti, poderoso para te salvar; ele se deleitará em ti com alegria.” <br>• Salmos 147:11, “ O Senhor agrada-se dos que o temem, e dos que têm esperança no seu amor constante.” <br>• 1 Pedro 1:6 – 7, “ Em que vós (salvação) grandemente vos alegrais, ainda que agora importa, sendo necessário, que estejais por um pouco contristados com várias tentações, para que a prova da vossa fé - muito mais preciosa do que o ouro, que se parece e é provado pelo fogo – se ache em louvor, e em honra, e glória na revelação de Jesus Cristo.” <br>• Romanos 2:29, “ Mas é Judeu o que o é no interior, e circuncisão a que é do coração, no espírito, não na letra. Cujo louvor não provém dos homens, mas de Deus.” <br>• 1 Coríntios 4:5, “Portanto, nada julgueis, antes do tempo, antes que o Senhor venha, o qual também trará a luz as coisas ocultas das trevas e manifestará os desígnios dos corações. E então cada um receberá de Deus o louvor.” <br>Para responder ás perguntas acima também necessitamos de ver a verdade de que Deus nos ordena para nos deleitar-mos nele. <br>• Salmo 37:4, “ deleita-te também no Senhor, e Ele te concederá que deseja o teu coração.” <br>• Filipenses 4:4, “ Regozijai-vos sempre no Senhor; outra vez digo, Regozijai-vos.” <br>• Romanos 5:2, “ Pelo qual também temos entrada pela fé a esta graça na qual estamos firmes, e nos gloriamos na esperança da glória de Deus.” <br>• Salmos 43:4, “Então irei ao altar de Deus, do que Deus é a minha grande alegria.” <br>• Salmos 70:4, “ Folguem e alegrem-se em ti todos os que te buscam! E aqueles que amam a tua salvação digam continuamente, “Engrandecido seja Deus!”” <br>• Salmos 63:3, “Porque a tua benignidade é melhor do que a vida, os meus lábios te louvarão.” <br>Nota: Estes últimos dois textos amostram-nos algo crucial. Um diz que quando amamos a salvação de Deus não dizemos simplesmente, “ A salvação de Deus é grande!” Nós dizemos, “ Deus é grande” E quando nós experimentamos a benignidade do Senhor, nós não dizemos simplesmente, “ Os meus lábios louvarão a tua benignidade.” Nós simplesmente dizemos, “ Os meus lábios te louvarão!” Noutras palavras, em todos estes textos a ordem é para nos deleitar-mos em Deus, nele próprio, e todas as outras alegrias de que nós gostamos devem levar-nos até Deus como a nossa satisfação final e mais completa. <br>Portanto, a resposta à nossa primeira pergunta é: Na base, o que Deus se deleita em nós é o que nós nos deleitamos nele. <br>Uma das maneiras de aqui chegar é dizer o mais óbvio: Deus aprova o que está correcto. Ele regozija-se nos nossos pensamentos e acções e em fazer o que está correcto. Portanto devemos perguntar, O que é correcto – no fim de contas? O que faz com que algo esteja “correcto”? A minha resposta é: “Justiça” é pensar e sentir e actuar numa maneira que expressa a verdadeira proporção do valor do que é o mais valioso. Justiça é pensar, sentir, e fazer o que advém da verdadeira percepção do supremo valor de Deus. É ver verdadeiramente, saborear devidamente, e amostrar constantemente na acção o infinito valor de Deus. Portanto, nós estamos a fazer o que está certo quando estamos a perceber a verdade do valor de Deus por aquilo que ele é, e sentir em proporção a sua supremacia universal, e a agir de meio a expressar o valor supremo de Deus. Isto é o que quer dizer “correcto”. <br>Portanto, quando dizemos que Deus se regozija dos nossos pensamentos, sentimentos e acções naquilo que está correcto, nós queremos dizer que ele se regozija naquilo que vemos, saboreamos e amostramos o seu valor supremo. Deus valoriza o nosso valor por ele. Deus regozija no nosso regojizamento por ele. <br>Agora a segunda pergunta que fizemos acima é: Porque é que ele nos diz isso? Deveríamos ficar alegres por ouvir isso? Sim, deveríamos ficar alegres por ouvir isso. Mas porquê? Qual é a nossa verdadeira alegria em ouvir isso? É possível ouvir isso, e estar contente em ouvir isso, duma maneira devastadora. <br>A verdadeira razão por ficarmos contente naquilo que Deus se regozija do nosso regozijamento nele é porque confirma que o nosso regozijamento é verdadeiramente em Deus. Isto prende-nos o olhar mais rapidamente nele e aprofunda a nossa alegria na sua beleza. Mas há uma maneira devastadora de responder ás recomendações de Deus para nós. E se ouvirmos o louvor de Deus e nos afastamos do regozijamento de Deus para nos regozijarmos no regozijamento de Deus por nós? E se ouvirmos o seu louvor como um elogio daquilo que gostamos de verdade, nomeadamente, daquilo que fazemos muito? O que é a verdadeira questão daquilo que nos faz feliz não é Deus propriamente, mas a atenção de Deus, o louvor de Deus? Se essa é a verdadeira razão, então não nos estamos a deleitar em Deus, mas somente a usar o deleite de Deus para receber recomendações. Isso seria devastador. Quando o deleite de Deus em nós atrai-nos para nos deleitar-mos em sermos deleitados, nós estamos a cessar aquilo com que Deus se deleita. <br>O ensino de que Deus se deleita em nós é muito perigoso. Muito verdade. E muito perigoso. A razão por que é tão perigoso é que nós estamos desgraçados e o mais alto prazer da nossa natureza desgraçada não é sexo mas auto-exaltação. A nossa natureza pecadora adora ser louvada por aquilo que somos e por aquilo que fizemos. <br>A solução para isto é para não fazer de Deus o elogiador, e pensar que tudo está bem. Tudo pode não estar bem, mas mortífero. Os louvores de Deus sobre nós far-nos-á bem se nós as ouvirmos como uma confirmação de que nós nos estamos a deleitar nele. O louvor de Deus do nosso deleite em Deus cujo propósito é para nos ajudar em continuar a deleitar-nos em Deus, e não para sermos distraídos por qualquer coisa. Deus perdoo que o seu louvor no nosso deleite nele nos leve para longe de nos deleitarmos nele para sermos deleitados em sermos louvados por ele. <br>Ouçam-me bem. Nós deleitamo-nos em sermos louvados por Deus. Mas não da maneira que uma mente carnal o faria. O louvor de Deus em nós não é a verdadeira razão da nossa alegria. Nós não deveríamos deixar que o seu louvor nos faça distrair de tudo o que ele louva – nomeadamente, o nosso deleite nele. Nós deleitamo-nos em sermos louvados por Deus porque confirma e aumenta a nossa concentração nele, em vez de nos distrair dele. Até esta aprovação misericordiosa do nosso deleite imperfeito nele torna-o mais belo nele próprio. Possam aqueles que ouvem as palavras, “ Bem feito, bom e fiel servo,” digam, “Tão grande e misericordioso é o nosso Deus!” <br>Essa relação entre aquilo que disse aqui e a doutrina da justificação pela fé é que Deus olha sobre as suas crianças pelas lentes de Cristo imputadas da justiça de Deus. Isso quer dizer duas coisas: Uma que Deus nos contabiliza como perfeitos em Cristo. A outra é que ele ainda nos pode ver a transformar-nos em prática aquilo que estamos posicional mente em Cristo. A lente da imputação assegura o nosso direito invencível de estarmos ao lado de Deus. Também autoriza Deus a deleitar no nosso deleite perfeito por ele. Isso é, mesmo que estejamos contabilizados como perfeitamente imputados da fé em Cristo, Deus pode ainda ver os nossos pecados e a fruta do Espírito na nossa vida. Por isso é que ele se pode deleitar em níveis maiores ou menores. Nós sabemos isso porque ele reconhece ambas as imputações de justiça (Romanos 4:4-6) e nos disciplina para o pecado na nossa vida (1 Coríntios 11:32). Portanto, o Deleite de Deus no nosso deleite nele varia de proporção para as afeições do nosso coração, mas é possível somente porque Deus nos acusa da perfeita imputação da justiça de Cristo. <br>A desejar convosco para deleitar sem hesitação em Deus. <br>Pastor João.
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{{info|Porque é que Deus nos diz que ele se deleita com as suas crianças}}A pergunta não é se Deus se deleita com as suas crianças. Ele deleita-se. A pergunta é em duplicado: Uma, o que é que existe em nós para ele se deleitar connosco? E duas, porque é que ele nos diz que ele se deleita connosco? Qual é o efeito que ele quer que isso tenha? (Quando eu digo “ Deus,” eu quero dizer tudo o que Deus é para nós em Cristo. Eu quero a Santíssima Trindade, o Deus Cristão.)  
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Primeiro, tome nota de alguns dos textos que falam sobre o deleite de Deus no seu povo e o seu louvor neles.  
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*Sofonias 3:17, “O Senhor teu Deus, está no meio de ti, poderoso para te salvar; ''ele se deleitará em ti com alegria''.”  
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*Salmos 147:11, “''O Senhor agrada-se dos que o temem, e dos que têm esperança no seu amor constante''.”  
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*1 Pedro 1:6 – 7, “Em que vós (salvação) grandemente vos alegrais, ainda que agora importa, sendo necessário, que estejais por um pouco contristados com várias tentações, para que a prova da vossa fé - muito mais preciosa do que o ouro, que se parece e é provado pelo fogo – ''se ache em louvor, e em honra, e glória na revelação de Jesus Cristo''.”  
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*Romanos 2:29, “Mas é Judeu o que o é no interior, e circuncisão a que é do coração, no espírito, não na letra.''Cujo louvor não provém dos homens, mas de Deus.”''
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*1 Coríntios 4:5, “Portanto, nada julgueis, antes do tempo, antes que o Senhor venha, o qual também trará a luz as coisas ocultas das trevas e manifestará os desígnios dos corações. ''E então cada um receberá de Deus o louvor.”''
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Para responder ás perguntas acima também necessitamos de ver a verdade de que Deus nos ordena para nos deleitar-mos nele.  
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*Salmo 37:4, ''"Deleita-te também no Senhor,''e Ele te concederá que deseja o teu coração.”  
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*Filipenses 4:4, “''Regozijai-vos sempre no Senhor''; outra vez digo, Regozijai-vos.”  
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*Romanos 5:2, “Pelo qual também temos entrada pela fé a esta graça na qual estamos firmes, ''e nos gloriamos na esperança da glória de Deus.”''
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*Salmos 43:4, “Então irei ao altar de Deus, ''do que Deus é a minha grande alegria.”''
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*Salmos 70:4, “Folguem e alegrem-se em ti todos os que te buscam! E aqueles que amam a tua salvação digam continuamente, '''Engrandecido seja Deus''!' "
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*Salmos 63:3, “Porque a tua benignidade é melhor do que a vida, os meus lábios te louvarão.”
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Nota: Estes últimos dois textos amostram-nos algo crucial. Um diz que quando amamos a salvação de Deus não dizemos simplesmente, “ A salvação de Deus é grande!” Nós dizemos, “ ''Deus'' é grande” E quando nós experimentamos a benignidade do Senhor, nós não dizemos simplesmente, “ Os meus lábios louvarão a tua benignidade.” Nós simplesmente dizemos, “ Os meus lábios ''te louvarão''!” Noutras palavras, em todos estes textos a ordem é para nos deleitar-mos em Deus, nele próprio, e todas as outras alegrias de que nós gostamos devem levar-nos até Deus como a nossa satisfação final e mais completa.  
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Portanto, a resposta à nossa primeira pergunta é: ''Na base, o que Deus se deleita em nós é o que nós nos deleitamos nele.''
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Uma das maneiras de aqui chegar é dizer o mais óbvio: Deus aprova o que está ''correcto''. Ele regozija-se nos nossos pensamentos e acções e em fazer o que está correcto. Portanto devemos perguntar, O que é correcto – no fim de contas? O que faz com que algo esteja “correcto”? A minha resposta é: “Justiça” ''é pensar e sentir e actuar numa maneira que expressa a verdadeira proporção do valordo que é o mais valioso''. Justiça é pensar, sentir, e fazer o que advém da verdadeira percepção do supremo valor de Deus. É ver verdadeiramente, saborear devidamente, e amostrar constantemente na acção o infinito valor de Deus. Portanto, nós estamos a fazer o que está certo quando estamos a ''perceber''a verdade do valor de Deus por aquilo que ele é, e ''sentir'' em proporção a sua supremacia universal, e a''agir'' de meio a expressar o valor supremo de Deus. Isto é o que quer dizer “correcto”.  
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Portanto, quando dizemos que Deus se regozija dos nossos pensamentos, sentimentos e acções naquilo que está correcto, nós queremos dizer que ele se regozija naquilo que vemos, saboreamos e amostramos o seu valor supremo. Deus valoriza o nosso valor por ele. Deus regozija no ''nosso'' regojizamento por ele.  
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Agora a segunda pergunta que fizemos acima é: Porque é que ele nos diz isso? Deveríamos ficar alegres por ouvir isso? Sim, deveríamos ficar alegres por ouvir isso. Mas porquê? Qual é a nossa verdadeira alegria em ouvir isso? É possível ouvir isso, e estar contente em ouvir isso, duma maneira devastadora.  
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A verdadeira razão por ficarmos contente naquilo que Deus se regozija do nosso regozijamento nele é porque ''confirma'' que o nosso ''regozijamento é verdadeiramente em Deus''. Isto prende-nos o olhar mais rapidamente nele e aprofunda a nossa alegria na sua beleza. Mas há uma maneira devastadora de responder ás recomendações de Deus para nós. E se ouvirmos o louvor de Deus e nos afastamos do regozijamento de Deus para nos regozijarmos no regozijamento de Deus por nós? E se ouvirmos o seu louvor como um elogio daquilo que gostamos de verdade, nomeadamente, daquilo que fazemos muito? O que é a verdadeira questão daquilo que nos faz feliz não é Deus propriamente, mas a atenção de Deus, o louvor de Deus? Se essa é a verdadeira razão, então não nos estamos a deleitar em Deus, mas somente a usar o deleite de Deus para receber recomendações. Isso seria devastador. Quando o deleite de Deus em nós atrai-nos para nos deleitar-mos em sermos deleitados, nós estamos a cessar aquilo com que Deus se deleita.  
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O ensino de que Deus se deleita em nós é muito perigoso. Muito verdade. E muito perigoso. A razão por que é tão perigoso é que nós estamos desgraçados e o mais alto prazer da nossa natureza desgraçada não é sexo mas auto-exaltação. A nossa natureza pecadora adora ser louvada por aquilo que somos e por aquilo que fizemos.  
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A solução para isto é para não fazer de Deus o elogiador, e pensar que tudo está bem. Tudo pode não estar bem, mas mortífero. Os louvores de Deus sobre nós far-nos-á bem se nós as ouvirmos como uma confirmação de que nós nos estamos a deleitar nele. O louvor de Deus do nosso deleite em Deus cujo propósito é para nos ajudar em continuar a deleitar-nos em Deus, e não para sermos distraídos por qualquer coisa. Deus perdoo que o seu louvor no nosso deleite nele nos leve para longe de nos deleitarmos nele para sermos deleitados em sermos louvados por ele.  
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Ouçam-me bem. Nós ''deleitamo-nos''em sermos louvados por Deus. Mas não da maneira que uma mente carnal o faria. O louvor de Deus em nós não é a verdadeira razão da nossa alegria. Nós não deveríamos deixar que o seu louvor nos faça distrair de tudo o que ele louva – nomeadamente, o nosso deleite nele. ''Nós deleitamo-nos em sermos louvados por Deus porque confirma e aumenta a nossa concentração nele, em vez de nos distrair dele''. Até esta aprovação misericordiosa do nosso deleite imperfeito nele torna-o mais belo nele próprio. Possam aqueles que ouvem as palavras, “ Bem feito, bom e fiel servo,” digam, “Tão grande e misericordioso é o nosso Deus!”  
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Essa relação entre aquilo que disse aqui e a doutrina da justificação pela fé é que Deus olha sobre as suas crianças pelas lentes de Cristo imputadas da justiça de Deus. Isso quer dizer duas coisas: Uma que Deus nos contabiliza como perfeitos em Cristo. A outra é que ele ainda nos pode ver a transformar-nos em ''prática''aquilo que estamos ''posicional''mente'em Cristo. A lente da imputação assegura o nosso direito invencível de estarmos ao lado de Deus. Também autoriza Deus a deleitar no nosso deleite perfeito por ele. Isso é, mesmo que estejamos contabilizados como perfeitamente imputados da fé em Cristo, Deus pode ainda ver os nossos pecados e a fruta do Espírito na nossa vida. Por isso é que ele se pode deleitar em níveis maiores ou menores. Nós sabemos isso porque ele reconhece ambas as imputações de justiça (Romanos 4:4-6) e nos disciplina para o pecado na nossa vida (1 Coríntios 11:32). Portanto, o Deleite de Deus no nosso deleite nele varia de proporção para as afeições do nosso coração, mas é possível somente porque Deus nos acusa da perfeita imputação da justiça de Cristo.  
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A desejar convosco para deleitar sem hesitação em Deus.  
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Pastor João.

Current revision as of 14:25, 15 July 2008

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A pergunta não é se Deus se deleita com as suas crianças. Ele deleita-se. A pergunta é em duplicado: Uma, o que é que existe em nós para ele se deleitar connosco? E duas, porque é que ele nos diz que ele se deleita connosco? Qual é o efeito que ele quer que isso tenha? (Quando eu digo “ Deus,” eu quero dizer tudo o que Deus é para nós em Cristo. Eu quero a Santíssima Trindade, o Deus Cristão.)

Primeiro, tome nota de alguns dos textos que falam sobre o deleite de Deus no seu povo e o seu louvor neles.

Para responder ás perguntas acima também necessitamos de ver a verdade de que Deus nos ordena para nos deleitar-mos nele.

Nota: Estes últimos dois textos amostram-nos algo crucial. Um diz que quando amamos a salvação de Deus não dizemos simplesmente, “ A salvação de Deus é grande!” Nós dizemos, “ Deus é grande” E quando nós experimentamos a benignidade do Senhor, nós não dizemos simplesmente, “ Os meus lábios louvarão a tua benignidade.” Nós simplesmente dizemos, “ Os meus lábios te louvarão!” Noutras palavras, em todos estes textos a ordem é para nos deleitar-mos em Deus, nele próprio, e todas as outras alegrias de que nós gostamos devem levar-nos até Deus como a nossa satisfação final e mais completa.

Portanto, a resposta à nossa primeira pergunta é: Na base, o que Deus se deleita em nós é o que nós nos deleitamos nele.

Uma das maneiras de aqui chegar é dizer o mais óbvio: Deus aprova o que está correcto. Ele regozija-se nos nossos pensamentos e acções e em fazer o que está correcto. Portanto devemos perguntar, O que é correcto – no fim de contas? O que faz com que algo esteja “correcto”? A minha resposta é: “Justiça” é pensar e sentir e actuar numa maneira que expressa a verdadeira proporção do valordo que é o mais valioso. Justiça é pensar, sentir, e fazer o que advém da verdadeira percepção do supremo valor de Deus. É ver verdadeiramente, saborear devidamente, e amostrar constantemente na acção o infinito valor de Deus. Portanto, nós estamos a fazer o que está certo quando estamos a percebera verdade do valor de Deus por aquilo que ele é, e sentir em proporção a sua supremacia universal, e aagir de meio a expressar o valor supremo de Deus. Isto é o que quer dizer “correcto”.

Portanto, quando dizemos que Deus se regozija dos nossos pensamentos, sentimentos e acções naquilo que está correcto, nós queremos dizer que ele se regozija naquilo que vemos, saboreamos e amostramos o seu valor supremo. Deus valoriza o nosso valor por ele. Deus regozija no nosso regojizamento por ele.

Agora a segunda pergunta que fizemos acima é: Porque é que ele nos diz isso? Deveríamos ficar alegres por ouvir isso? Sim, deveríamos ficar alegres por ouvir isso. Mas porquê? Qual é a nossa verdadeira alegria em ouvir isso? É possível ouvir isso, e estar contente em ouvir isso, duma maneira devastadora.

A verdadeira razão por ficarmos contente naquilo que Deus se regozija do nosso regozijamento nele é porque confirma que o nosso regozijamento é verdadeiramente em Deus. Isto prende-nos o olhar mais rapidamente nele e aprofunda a nossa alegria na sua beleza. Mas há uma maneira devastadora de responder ás recomendações de Deus para nós. E se ouvirmos o louvor de Deus e nos afastamos do regozijamento de Deus para nos regozijarmos no regozijamento de Deus por nós? E se ouvirmos o seu louvor como um elogio daquilo que gostamos de verdade, nomeadamente, daquilo que fazemos muito? O que é a verdadeira questão daquilo que nos faz feliz não é Deus propriamente, mas a atenção de Deus, o louvor de Deus? Se essa é a verdadeira razão, então não nos estamos a deleitar em Deus, mas somente a usar o deleite de Deus para receber recomendações. Isso seria devastador. Quando o deleite de Deus em nós atrai-nos para nos deleitar-mos em sermos deleitados, nós estamos a cessar aquilo com que Deus se deleita.

O ensino de que Deus se deleita em nós é muito perigoso. Muito verdade. E muito perigoso. A razão por que é tão perigoso é que nós estamos desgraçados e o mais alto prazer da nossa natureza desgraçada não é sexo mas auto-exaltação. A nossa natureza pecadora adora ser louvada por aquilo que somos e por aquilo que fizemos.

A solução para isto é para não fazer de Deus o elogiador, e pensar que tudo está bem. Tudo pode não estar bem, mas mortífero. Os louvores de Deus sobre nós far-nos-á bem se nós as ouvirmos como uma confirmação de que nós nos estamos a deleitar nele. O louvor de Deus do nosso deleite em Deus cujo propósito é para nos ajudar em continuar a deleitar-nos em Deus, e não para sermos distraídos por qualquer coisa. Deus perdoo que o seu louvor no nosso deleite nele nos leve para longe de nos deleitarmos nele para sermos deleitados em sermos louvados por ele.

Ouçam-me bem. Nós deleitamo-nosem sermos louvados por Deus. Mas não da maneira que uma mente carnal o faria. O louvor de Deus em nós não é a verdadeira razão da nossa alegria. Nós não deveríamos deixar que o seu louvor nos faça distrair de tudo o que ele louva – nomeadamente, o nosso deleite nele. Nós deleitamo-nos em sermos louvados por Deus porque confirma e aumenta a nossa concentração nele, em vez de nos distrair dele. Até esta aprovação misericordiosa do nosso deleite imperfeito nele torna-o mais belo nele próprio. Possam aqueles que ouvem as palavras, “ Bem feito, bom e fiel servo,” digam, “Tão grande e misericordioso é o nosso Deus!”

Essa relação entre aquilo que disse aqui e a doutrina da justificação pela fé é que Deus olha sobre as suas crianças pelas lentes de Cristo imputadas da justiça de Deus. Isso quer dizer duas coisas: Uma que Deus nos contabiliza como perfeitos em Cristo. A outra é que ele ainda nos pode ver a transformar-nos em práticaaquilo que estamos posicionalmente'em Cristo. A lente da imputação assegura o nosso direito invencível de estarmos ao lado de Deus. Também autoriza Deus a deleitar no nosso deleite perfeito por ele. Isso é, mesmo que estejamos contabilizados como perfeitamente imputados da fé em Cristo, Deus pode ainda ver os nossos pecados e a fruta do Espírito na nossa vida. Por isso é que ele se pode deleitar em níveis maiores ou menores. Nós sabemos isso porque ele reconhece ambas as imputações de justiça (Romanos 4:4-6) e nos disciplina para o pecado na nossa vida (1 Coríntios 11:32). Portanto, o Deleite de Deus no nosso deleite nele varia de proporção para as afeições do nosso coração, mas é possível somente porque Deus nos acusa da perfeita imputação da justiça de Cristo.

A desejar convosco para deleitar sem hesitação em Deus.

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