Ecclesiastes/pt

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Revision as of 19:17, 6 July 2009 by JoyaTeemer (Talk | contribs)
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"Eclesiastes? Ugh — isso é só morte e melancolia! Preferia estudar outro livro da Bíblia.”

Espera aí um momento. Eu sei que é impróprio começar a dizer ao leitor que ele está errado— mas neste caso está! O autor de Eclesiastes não era o homem amargo e cínico que estava mal na vida que alguns retratam. Ele não era o inveterado mais pessimista do mundo. Certo, muitas (talvez a maior parte) das linhas que escreveu eram pessimistas, mas Qoheleth (Solomon tornado pregador) tem um propósito essencialmente positivo. O seu pessimismo assenta na “vida ao sol.” Aliás, á medida que lemos o livro com a visão centrada naquilo que ele quer verdadeiramente, podemos vê-lo como uma pessoa relaxada e de trato fácil. Ele já passou por muito— o mau e o bom — e, em arrependimento, chegou a vias de facto com a vida. Os termos de Deus, isto é. Na verdade, há tanto que, quando interpretado correctamente, só pode trazer confiança e alegria na cara dos problemas.

“Irá ser preciso algum trabalho para me convencer disso!”

Está bem. Vamos ver bem o livro. Primeiro, notem que o nome, “Eclesiastes”(“pregador”), foi dado pelos tradutores do Septuagintos Gregos, O Hebraico original, Qoheleth, quer dizer “aquele que junta pessoas.” Salomão juntou o seu tribunal (e possivelmente outros) juntou-os para pregar para eles: “sendo sábio, Qoheleth ensinava conhecimento às pessoas …. O pregador procurava usar palavras agradáveis, palavras verdadeiras, escritas de forma correcta” (12:9 – 10; Eu utilizo a minha própria tradução ao longo deste artigo). Ele queria que as suas palavras, quando fossem publicadas, se tornassem “aguilhões, como pregos bem fixados pelos mestres das congregações (12:11). O dialecto em Eclesiastes indica que ele escreveu não só para Israel mas para o mundo Fenício também. O livro, entre outras coisas, era evangélico, composto para leitores não convertidos tanto em casa como no estrangeiro. A seguir, considerem as palavras “debaixo do sol.” Esta frase frequente descreve nada mais que viver com a visão nos objectivos mundiais. Retrata alguém que se desgasta fervorosamente na perseguição de actividades inúteis, porque é só para isso que ele tem que viver. Em contrasto, viver como um Cristão é uma vida medida, “debaixo do Sol,” que foi reconfigurado para Salomão em tipos e cerimónias. Salomão quer mover as pessoas do tipo de vida antigo para o mais tardio: “De tudo o que se tem ouvido: Teme a Deus, e guarda os seus mandamentos; porque este é o dever de todo o homem” (12:13). Portanto, ele conclui com um aviso severo: “Porque Deus há-de trazer a juízo toda a obra, e até tudo o que está encoberto, quer seja bom, quer seja mal” (12:14). Isto não significa que as pessoas sejam avaliadas pelo seu trabalho mas que os trabalhos de julgamento serão evidência de que sejam salvos ou não. O ensino do Novo Testamento concorda (veja Mateus. 25:31–46; Rom. 20:12–15).

Mas era o Salomão mesmo de trato fácil e reconciliado com a vida? E o que offrece ele aos Cristãos?”

Neste livro notável, Salomão lida com as perguntas mais importantes— o mesmo tipo que, quando leva tempo para pensar seriamente, você renasce hoje. Ele diz, “Porquê preocupar-se com manifestar qualquer esforço, já que os resultados são temporários e por seguinte em vão? Porquê procurar dinheiro, fama, poder e bens que falham em satisfazer? Porquê preocupar-se com qualquer coisa Quando os iníquos parecidos acabam na cova?” A sua resposta? Deus lida providencialmente com as pessoas tal como Ele assim entender. Salomão quer que descanse tranquilamente pela fé no desejo de um Deus soberano!

A sua palavra utilizada com muita frequência, “vaidade,” quer dizer que a vida ao sol é “vazia,” porque não é permanente. Este tema retrata o livro. Ele diz, “Uma geração vai, e outra geração vem” (1:4), que “não há memória de coisas passadas” (1:11), e assim que uma pessoa “vem” ao mundo na altura do nascimento “assim ele vai” levando nada com ele (5:16). No capitulo 3, dos versos 1–15, Salomão enumera algumas coisas que mudam constantemente. As pessoas nascem, depois morrem, plantas são plantadas depois arrancadas, coisas são destruídas, outras construídas. Coisas que são semeadas, depois colhidas, algumas coisas que são guardadas, outras descartadas, há ocasiões para chorar e Alturas para sorrir, períodos para fazer o luto, ocasiões para dançar — e assim por adiante. A vida baloiça para trás e para a frente. Nada fica eternamente o mesmo. Por causa disto, deveríamos ser desligados das coisas. Esforço para trazer permanência são frustrantes e completamente inúteis.

Salomão diz que amealhar riqueza e bens é uma tolice porque não as podemos levar connosco. Em vez de colocarmos a esperança em qualquer coisa debaixo do sol, ele pede-nos para confiarmos no Criador. Como é que isso melhora a vida? Bem, não irá somente fazer diferença no julgamento, mas fornece uma filosofia actual da vida que nos liberta da preocupação e aborrecimento. Porque Deus programou “a eternidade no coração das pessoas” (3:11), podemos olhar para a frente para um tempo quando as coisas temporárias serão esquecidas. E depois um dia, os propósitos de Deus — que parecem fazer mais sentido agora — serão entendidos. Pôs o mundo no coração deles, sem que o homem possa descobrir que Deus fez, desde o princípio até ao fim” (3:11). Pode relaxar a sua mente — tudo será conhecido na Sua altura.

Porque aquilo que fazemos cá terá consequências eternas, temos que ter cuidado e sermos mais cuidadosos com os nossos esforços. Mas não podemos esperar pelas recompensas que vêm da conclusão antes do seu tempo. Nem deve trabalhar loucamente de modo a encontrar satisfação duradoura em qualquer coisa num mundo provisório.

Desde, Salomão tornou claro que, gastar esforços em tentar o impossível é vaidade, ele aconselha viver sossegado, de modo responsável, trabalho moderado que o levará a atingir aquilo que é possivel de conseguir, e a alegria das prendas simples de Deus. Ele não quer que você se preocupe com o amanhã nem que trabalhe até à morte hoje! Ouça o seu verso esclarecedor:

"Não é pois, bom para o homem que coma e beba, e que faça gozar a sua alma do bem do seu trabalho? Isto também eu vi que vem da mão de Deus” (2:24; veja também 3:12–13; 5:18; 8:15; and 9:7–8).

Nestes versos há um tema que constantemente aparece: apreciar a comida e bebida e os simples prazeres da vida. Mas considere, até estas coisas não duram: você come e fica satisfeito, somente para ficar com fome novamente (a sua menção frequente à comida e bebida exemplifica a natureza temporal das coisas). Pare de se preocupar com as coisas que não podem ser alteradas. Tenha uma boa refeição e aproveite a vida (tendo em pensamento que tudo o que fizer será presente a julgamento um dia, veja 12:9).

Então, do que trata Eclesiastes? Depois de viver extravagantemente, depois de trabalhar arduamente para conseguir fama e fortuna eterna, depois de ceder à tentação, Salomão só pode dizer, “Também eu aborreci todo o meu trabalho, em que trabalhei debaixo do sol.” Porquê? Porque ele reconheceu que, no final, tudo o que ele tinha feito não era nada mais que “vaidade e aflição de espírito” (2:17–18).

Salomão escreveu para que pudesse ver isto. Eclesiastes leva-o a perseguir a vida como os crentes deveriam? Se assim não for, leia novamente — e outra vez, e outra vez. Vale a pena o tempo que se gasta a fazer isso!

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