A Pastor's Pride and Joy/pt

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Revision as of 11:02, 6 January 2009 by Maria Castro (Talk | contribs)
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“Estou tão orgulhoso de vós,” disse o pastor aos seus filhos. “Portaram-se bem. Estou tão orgulhoso de ser vosso pai.” Comparai esta afirmação com as palavras de outro pai dirigindo-se ao seu filho especial: “És o Meu Filho muito amado; em Ti pus todo o Meu enlevo” (Lucas 3:22). Há alguma diferença?

Creio haver toda a diferença do mundo. Inconscientemente o pastor ensina aos seus filhos que o orgulho é bom – “O vosso objectivo na vida é fazer de mim um papá orgulhoso.” Mas Deus elogia o Senhor Jesus Cristo pois Ele trouxe alegria ao Seu Pai – o Seu objectivo principal foi e continua a ser glorificar Deus e desfrutar da sua companhia para sempre.

Alguma vez dissestes aos vossos filhos que eles vos tinham feito ficar orgulhosos? O que dizeis depois de ter acabado a peça de teatro na escola? Ou após o golo no jogo de futebol? Ou a pirueta perfeita na aula de dança? Por algum momento deixais escapar a palavra “O”? Este tipo de linguagem tem origem em padrões culturais de discurso e de pensamento transpostos indiscriminadamente para o vocabulário e pensamento daqueles que têm a obrigação de ser os fiéis. Dizemos isto, porque, no fundo, queremos que os nossos filhos tenham uma boa auto-estima, não é?

Os pastores também dizem este tipo de coisas aos seus outros filhos – o seu orgulho e alegria espirituais, a igreja. O apóstolo João adorava esta metáfora, referindo-se frequentemente ao seu povo muito amado como “filhinhos”. Por momentos pensei que era apenas uma forma original e refinada de revelar afecto, mas agora vejo que é deveras descritiva. Porquê? Porque as igrejas não são moldadas do mesmo modo que as crianças carentes; as pessoas agem frequentemente em sintonia com este papel. Demasiados Cristãos agem como criancinhas que precisam ser disciplinadas e, por vezes, pior do que isso. As igrejas precisam de amadurecer o significado que atribuem à humildade e à alegria que delas advém. Sim, a alegria que advém da humildade enquanto orgulho está condenada à morte.

O orgulho destrói os pastores e as igrejas mais do que qualquer outra coisa. É mais pérfido na igreja do que o radão nas casas. Pastores arrogantes seguindo o moinho evangélico tentam levar pessoas presunçosas (frequentemente sem se aperceberem) para onde elas não querem ir. A força irresistível da auto-valorização encontra o objecto inamovível da “auto-determinação”. O líder age como se o ministério nada fosse sem ele e o paroquiano medita em como era melhor a vida antes da vinda deste pastor. O orgulho vezes o orgulho faz convergir a sua força na destruição devastadora da alma dos homens. Já o vimos em acção. Os homens não se apoiam na humildade quando é preciso agir com amável deferência. Mais uma vez a Palavra de Deus se revela verdadeira:”O orgulho só traz porfia, mas a sabedoria está com os prudentes” (Prov. 13:10) Vedes a porfia? O orgulho está presente algures. Quando vemos o rosto da vaidade, a sabedoria é a nossa grande necessidade. Não prometeu Deus esta sabedoria àqueles que a pediram?

Os homens não gostam de admitir as suas faltas, nem confessar os seus pecados. Sou culpado em ambos os casos. Quanto mais cedo admitirmos e confessarmos, mais depressa podemos lidar com o nosso orgulho.

A taxonomia do problema é esta: pressuposto – todos são pecadores. Com base numa análise mais aprofundada, descobrimos que os pecadores se enquadram em duas categorias distintas: aqueles que admitem o seu pecado e os que não o fazem. Aqueles que admitem ser pecadores enquadram-se em duas outras categorias: aqueles que fazem algo por isso e os que não fazem nada. Apenas aqueles que, perante Deus, lidam verdadeiramente com a necessidade extrema da sua alma podem deixar o pecado. Apenas aqueles que na sua humildade admitem o pecado e vêem a sua necessidade não são hipócritas. Mas estes são aves raras nos nossos dias. Eles professam a verdade e vivem de acordo com a sua proclamação. Admitem que são pecadores e rogam a Deus pela Sua Graça a possibilidade de, por meio de Deus, deixar o pecado. Todos os outros usam máscaras de auto-ilusão.

Olha para ti. Procuras conhecer e lidar com o teu pecado ou esconde-lo? Pensa nestas palavras retiradas do livro da sabedoria, “Aquele que esconder os seus pecados não prosperará, mas todo aquele que os confessar e a eles renunciar terá a misericórdia” (Prov. 28:13). As pessoas questionam-se porque é que não vêem vitalidade espiritual nas suas vidas. Não deviam.

Frequentemente escondem um pecado preferido quando deviam renunciá-lo até este estar extinto. A mortificação (a arte de matar o pecado) ainda é uma ideia bíblica. Não há pecados secretos. Deus tem conhecimento de tudo. Isto pode surpreender-vos, mas não se pode enganar um ser omnisciente. Ele sabe o que guardamos nos nossos corações e nas nossas mentes. Só esse facto devia tornar-nos humildes enquanto pecadores necessitados da sua graça.

Precisamos expurgar o desejo de o nosso orgulho ser agradável ou, de alguma forma agradar o orgulho dos outros. Dizei aos vossos filhos que estais contentes por eles quando vos mostram o resultado da piedade. Dizei aos vossos alunos que eles vos trazem alegria. Pastores, dizei às vossas ovelhas que não faz mal admitir que são pecadores necessitados de graça. Depois, exortai-os na graça de Cristo, que consegue instruir e tornar humildes os nossos corações arrogantes. É o caminho dos prudentes. “Quando o orgulho aparece, atrás vem a vergonha; mas com os humildes está a sabedoria” (Prov. 11:2).

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