The Pleasure of God in His Son/pt

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Revision as of 21:36, 8 March 2009 by Kathyyee (Talk | contribs)
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Mateus 17:5
Este é o meu Filho amado de quem me agrado.

Introdução

Nós estamos começando uma nova série de mensagens hoje que, se Deus quiser, irá até o domingo de Páscoa, dia 19 de Abril. Então, eu gostaria de começar explicando como eu fui movido a desenvolver esta série.

Ver é Tornar-se

Quando se trata do entendimento de o que deve acontecer no ato da pregação, eu sou guiado por vários textos bíblicos, especialmente 2 Coríntios 3:18:

E todos nós, que com a face descoberta contemplamos a glória do Senhor, segundo a sua imagem estamos sendo transformados com glória cada vez maior, a qual vem do Senhor, que é o Espírito.

Eu acredito que este texto nos ensina que uma das maneiras em que somos transformados progressivamente à semelhança de Cristo é olhando para sua glória. “Todos nós, que com a face descoberta contemplamos a glória do Senhor, segundo a sua imagem estamos sendo transformados.” A maneira de tornar-se mais e mais como o Senhor é fixar seu olhar em sua glória e mantê-lo em foco.

Nós cantarolamos a música que escutamos. Nós falamos como os nossos amigos. Nós pegamos as manias dos nossos pais. E nós, naturalmente, tendemos a imitar aqueles que mais admiramos. E do mesmo jeito é com Deus. Se nós fixarmos nossa atenção nele e mativermos sua glória em foco, nós seremos transformados de glória em glória, à sua semelhança. Se os adolescentes tendem a usar o mesmo penteado que os artistas que eles admiram, do mesmo modo Cristãos tenderão a formar seu caráter como o Deus que eles admiram. Nesse processo espiritual ver não é apenas crer; ver é tornar-se.

A pregação como a Revelação da Glória de Deus

A lição que eu tiro disso para a pregação é que em grande parte ela deve ser a revelação da glória de Deus, porque o objetivo da pregação é transformar as pessoas à selhança de Cristo. Eu acho que isto bate com a visão de Paulo sobre a pregação porque apenas quatro versículos depois, em 2 Coríntios 4:4, ele descreve o conteúdo de sua pregação como “a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus.” E logo depois, no versículo 6, ele o descreve um pouco diferente como a “iluminação do conhecimento da glória de Deus na face de Cristo.”

Então, de acordo com Paulo, a pregação é um meio de se iluminar corações obscurecidos de homens e mulheres.

No versículo 4 a luz é chamada de “luz do evangelho”, e no versículo 6 a luz é chamada de “luz do conhecimento”.

No versículo 4 o evangelho é o evangelho da glória de Cristo, e no versículo 6 o conhecimento é o conhecimento da glória de Deus. Portanto, nos dois versículos a luz transmitida para dentro do coração é a luz da glória – a glória de Cristo e a glória de Deus.

Mas estas não são realmente duas glórias diferentes. No versículo 4 Paulo diz que é a glória de Cristo, que é a imagem de Deus. E no versículo 6 ele diz que a glória Deus está na face de Cristo. Portanto a luz transmitida na pregação é a luz da glória, e pode-se referir a esta glória como a glória de Cristo que é a imagem de Deus, ou a glória de Deus perfeitamente refletida em Cristo.

A pregação é a revelação ou a demonstração ou a exibição da glória divina ao coração de homens e mulheres ( 4:4-6), de maneira que pela contemplação desta glória eles sejam transformados à semelhança do Senhor com glória cada vez maior (3:18).

Conhecimento pela Própria Experiência

Esta não é uma construção artificial ou meramente intelectual. Ela é precisamente o que eu conheço como verdade por minha própria experiência (como muitos de vocês também sabem!): Ver Deus como ele realmente é tem se provado, vez após vez, uma força poderosa e constrangedora motivando-me em minha busca por santidade e alegria nele.

Você e eu sabemos por experiência própria que o conflito principal na alma humana é entre duas glórias – a glória do mundo e todos os breves prazeres que ele pode oferecer, contra a glória de Deus e todos os prazeres eternos que ela pode oferecer. Estas duas glórias competem pela fidelidade, admiração e deleite dos nossos corações. E o papel da pregação é demonstrar, descrever, retratar e exibir a glória de Deus de um modo que sua excelência e valor superiores brilhem no seu coração para que você seja transformado com glória cada vez maior.

O Desafio Perante o Pregador

Isso significa que como um pregador eu sou, continuamente, confrontado com a questão: Como eu posso retratar da melhor maneira a glória de Deus de modo que o máximo de pessoas a verá e será transformado por ela? Enquanto eu me fazia esta pergunta no retiro, duas semanas atrás, uma nova resposta veio à minha mente.

Eu estava lendo novamente parte de “A vida de Deus na alma do homem” (The Life of God in the Soul of Man) de Henry Scougal. Ele fez esse intrigante comentário: “O valor e a excelência de uma alma devem ser medidos pelo objeto do seu amor” (p. 62). Aquilo me bateu como uma grande verdade. E me veio o pensamento que se é verdade para o homem, como Scougal sugeriu, certamente é também verdade para Deus: “O valor e excelência da alma de DEUS deve ser medido pelo objeto de seu amor”.

Eu então procurei nas Escrituras por vários dias todos os lugares que nos dizem o que é que Deus ama, em que ele se alegra, se deleita, se agrada e se regozija. O resultado é um plano para pregar 13 messagens entituladas “Os prazeres de Deus”.

Então é minha oração, e eu espero que você a fará sua oração, que ao ver os objetos do prazer de Deus nós veremos a excelência e o valor de sua alma; e ao vermos sua glória nós seremos transformados com glória cada vez maior à sua semelhança; e ao sermos transformados à sua semelhança nós confrontaremos essa cidade, e os povos inalcançados da Terra, com um testemunho vivo de um Salvador grande e irresistivelmente atraente. Que o Senhor se agrade em nos mandar um grande reavivamento de amor, santidade e poder enquanto nós olhamos para ele e oramos seriamente durante as próximas 13 semanas.

Exposição

Para retratar o valor da alma de Deus no objeto do seu amor nós devemos começar do início. A primeira e mais fundamental coisa que podemos dizer sobre os prazeres de Deus é que ele tem prazer em seu Filho. Eu vou tentar desenrolar esta verdade em 5 afirmações.

1. Deus tem prazer em seu Filho.

Em Mateus 17 Jesus leva Pedro, Tiago e João a uma montanha. Quando eles estão sozinhos algo completamente surpreendente acontece. De repente Deus dá a Jesus uma aparência de glória. Versículo 2: “Sua face brilhou como o sol, e suas roupas se tornaram brancas como a luz.” Depois, no versículo 5 uma nuvem resplandecente os envolve e Deus fala da nuvem: “Este é o meu Filho amado de quem me agrado. Ouçam-no!”

Primeiro, Deus dá aos discípulos um breve lampejo da verdadeira glória celestial de Jesus. Isto é o que Pedro diz em 2 Pedro 1:17 – “[Cristo] recebeu honra e glória da parte de Deus Pai.” Daí Deus revela seu coração pelo Filho e diz duas coisas: “Eu amo meu Filho” (“Este é o meu Filho amado”) e “eu tenho prazer em meu filho” (“de quem me agrado”).

Ele diz isso em uma outra ocasião: no batismo de Jesus, quando o Espírito Santo desce e unge Jesus para o seu ministério, significando o amor e o apoio do Pai – “Este é o meu Filho amado de quem me agrado.”

E no evangelho de João, Jesus fala várias vezes sobre o amor do Pai por ele: por exemplo, João 3:35, “O Pai ama o Filho e entregou tudo em suas mãos.” João 5:20, “O Pai ama o Filho e lhe mostra tudo o que faz.”

(Veja também Mateus 12:18 onde Mateus cita Isaías 42:1 em referência a Jesus: “Eis o meu servo, a quem escolhi, o meu amado, em quem tenho prazer.” A palavra hebraica traduzida como ‘tenho prazer’ é ratsah, e significa ‘deileitar-se.’)

Então nossa primeira afirmação é que Deus Pai ama seu Filho, não com auto-negação, misericórdia sacrificial, mas com o amor de deleite e prazer. Ele se agrada de seu Filho. Sua alma deleita-se no Filho. Quando ele olha para seu Filho ele gosta, trata com carinho, admira, estima e aprecia o que vê.

2. O Filho de Deus é totalmente divino

Esta verdade vai nos livrar de cometermos um erro sobre a primeira. Você deve concordar com a afirmação de que Deus tem prazer em seu Filho mas talvez cometa o erro de pensar que o Filho é, meramente, um homem extraordinariamente santo que o Pai adotou como Filho porque deleitava-se muito nele.

Mas Colossenses 2:9 nos dá uma perspectiva muito diferente das coisas. “Em Cristo habita corporalmente toda a plenitude da divindade.” O Filho de Deus não é meramente um homem escolhido. Ele tem a plenitude da divindade nele.

E Colossenses 1:19 relaciona isso com o prazer de Deus: “Toda a plenitude [da divindade] agradou-se em habitar nele.” Ou você poderia dizer (com a NVI), “Foi do agrado de Deus que nele habitasse toda a [sua] plenitude.” Em outras palavras, Deus teve prazer em fazer isso. Deus não olhou para o mundo a fim de achar um homem que se qualificaria para seu deleite para daí adotá-lo como seu Filho. Ao contrário, o próprio Deus tomou a iniciativa de colocar sua plenitude em um homem no ato da incarnação. Ou nós poderíamos dizer que ele tomou a iniciativa de cobrir a plenitude de sua própria divindade com a natureza humana. E Colossenses 1:19 diz que foi do seu agrado fazê-lo. Foi o seu prazer e deleite.

Nós podemos tender a dizer que Deus não encontrou um Filho que o agradasse, mas ele fez um Filho que o agradasse. Mas isto também induziria a um erro porque esta plenitude da divindade, que agora habita corporalmente (Colossenses 2:9) em Jesus, já existia de forma pessoal antes que ele tomasse a naturaza humana em Jesus. Isto nos leva adiante na Divindade e à afirmação 3.

3. O Filho em que Deus se deleita é a imagem eterna e reflexão de Deus e é, por conseguinte, o próprio Deus.

Aqui em Colossenses 1:15 Paulo diz,

Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação [isto é, aquele que tem a posição exaltada de Filiação divina sobre toda a criação, como mostra a próxima frase], pois nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra.

O Filho é a imagem do Pai. O que isto significa? Antes de dizermos, vamos considerer outras designações similares.

Hebreus 1:3 diz do Filho,

O Filho é o resplendor da glória de Deus e a expressão exata do seu ser, sustentando todas as coisas por sua palavra poderosa.

Em Filipenses 2:6 Paulo diz,

Embora sendo Deus (ou embora existindo na forma de Deus), não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo.”

Então, o Filho em quem Deus se deleita é sua própria imagem; é o resplendor da sua própria glória; é a expressão exata do seu ser; existe na forma de Deus; e é igual a Deus.

Logo, nós não devemos ficar surpresos quando o apóstolo João, em João 1:1, diz:

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